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Casas-contêiner vêm conquistando espaço no mercado imobiliário global. De acordo com a Allied Market Research, o setor, que movimentou US$ 44,76 bilhões em 2021, deve ultrapassar US$ 73 bilhões até 2025. Essa tendência se fortalece pela combinação de sustentabilidade, praticidade e rapidez na execução das obras.
No Brasil, o conceito vem sendo adotado por profissionais como o arquiteto Vinícius Dieter, que alia sua expertise em móveis planejados à execução completa de projetos em contêiner. “Mais do que uma alternativa econômica, as casas-contêiner oferecem possibilidades arquitetônicas inovadoras, desde o design industrial até soluções de conforto térmico e acústico avançadas”, explica.
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projeto bem-sucedido
Para garantir funcionalidade e bem-estar aos moradores, a adaptação dos contêineres exige planejamento criterioso. O isolamento térmico e acústico adequado, a integração de instalações elétricas e hidráulicas e a escolha de acabamentos são aspectos essenciais para transformar as estruturas metálicas em lares confortáveis.
Além disso, a flexibilidade do projeto permite personalização total. “Podemos empilhar módulos, integrar jardins internos e criar aberturas estratégicas para ventilação natural. O objetivo é sempre oferecer um espaço funcional e esteticamente harmonioso”, destaca Dieter.
Entre os projetos assinados pelo arquiteto, um dos destaques é a residência de Rafael Bandeira da Costa, profissional de TI da Volvo do Brasil, localizada em Campo Largo (PR). Construída em um terreno de 1.250 m² com topografia desafiadora, a casa utilizou uma combinação de contêineres marítimos e light steel frame, garantindo resistência e leveza estrutural.
Para otimizar o conforto térmico, Dieter implementou um sistema de ventilação em “shed”, que favorece a saída do ar quente, mantendo a temperatura interna equilibrada. “Hoje, vivemos em um espaço moderno e sustentável, totalmente adaptado às nossas necessidades, incluindo acessibilidade para minha esposa. O resultado superou nossas expectativas”, relata Rafael Costa.
A crescente busca por construções sustentáveis tem impulsionado o mercado de casas-contêiner. Além de reutilizar estruturas que poderiam ser descartadas, a técnica reduz significativamente o desperdício de materiais, tornando-se uma opção mais ecológica em comparação à alvenaria tradicional.
Outro ponto positivo é a durabilidade. O aço utilizado nos contêineres apresenta resistência superior a 25 anos, desde que seja feita a manutenção adequada. Além disso, por não serem vulneráveis a pragas como cupins, essas casas demandam menos intervenções ao longo do tempo.
“A sustentabilidade vai além do reaproveitamento do contêiner. Quando bem planejada, a construção pode incluir captação de água da chuva, painéis solares e soluções para otimizar o consumo energético”, ressalta Dieter.
Outro diferencial das casas-contêiner está na possibilidade de integrar móveis planejados à arquitetura desde a fase inicial. Esse planejamento prévio evita desperdício de materiais e melhora o aproveitamento dos espaços internos.
“Cada centímetro do contêiner deve ser utilizado de forma inteligente. Por isso, pensamos no layout dos móveis desde o início, garantindo fluidez na circulação e conforto no dia a dia dos moradores”, explica o arquiteto.
Além das vantagens ambientais, a construção de casas-contêiner se destaca pela rapidez e previsibilidade nos prazos e custos. Diferente das obras convencionais, que podem sofrer atrasos por imprevistos climáticos ou falta de materiais, essa metodologia permite um planejamento mais preciso.
“Do início ao fim, garantimos um acompanhamento rigoroso, evitando surpresas no orçamento e assegurando que o cliente receba exatamente o que foi projetado”, enfatiza Dieter.
Com a crescente demanda por soluções arquitetônicas inovadoras, as casas-contêiner se consolidam como uma alternativa moderna e sustentável. Seja pela agilidade da construção, pela versatilidade dos projetos ou pelo menor impacto ambiental, essa tendência promete transformar o setor imobiliário brasileiro nos próximos anos.
