Remodelação costal surge como uma das técnicas mais inovadoras e procuradas no campo da cirurgia plástica, atualmente. Em uma entrevista exclusiva, o cirurgião plástico Dalvo Neto compartilha insights sobre as tendências, avanços tecnológicos e os resultados surpreendentes que essa intervenção pode proporcionar. Descubra como essa técnica está redefinindo os padrões de beleza e oferecendo novas possibilidades para aqueles que buscam transformar seus contornos corporais.

ROBERTA FONTELLES PHILOMENO – O Sr poderia nos explicar o que é a remodelação costal e quais são os objetivos dessa cirurgia?
DALVO NETO – A remodelação costal é uma técnica cirúrgica inovadora e com a oportunidade de beneficiar muitas pacientes na obter uma silhueta corporal bela.
Em momentos em que as pacientes estão investindo muito em reposição hormonal, atividade física e buscando um percentual de gordura cada vez menor, fica difícil para nós, cirurgiões plásticos, trabalhar, porque as pacientes têm pouca gordura para modelagem dos seus corpos.
A alternativa, então, é a de modificar o arcabouço ósseo das pacientes. Ou seja, mudar o formato corporal com as costelas flutuantes que não interferem na mecânica ventilatória.
As costelas flutuantes podem ser modeladas por meio de ultrassom (piezo), garantindo uma angulação de melhor qualidade e conferindo uma cintura bem mais fina e esbelta.
É uma cirurgia, inclusive, derivada da “remoção de costela”, que ainda pode ser realizada, mas é bem mais traumática, diferente da remodelagem que praticamente não causam uma morbidade tão grande quanto a remoção da costela propriamente dita.

RFP – Quais são as principais razões pelas quais os pacientes buscam a remodelagem costal?
DN – Fator primordial é conferir uma silhueta corporal com curvas e sem depender de gorduras para esse fim. Exemplificando é uma paciente com percentual de gordura 7-10% que malha diariamente, faz reposição hormonal e quer afinar a cintura, mas não tem gordura para retirar. Qual a solução? Modelar as costelas flutuantes que são abertas, principalmente nas mulheres praticantes de Crossfit e usuárias de hormônios masculinos.
RFP – Como a remodelagem costal se diferencia de outras cirurgias plásticas corporais?
DN – Diferença básica é o local onde se deve tratar. Na lipoaspiração ou abdominoplastia, o nosso intuito é remover gordura ou o músculo para que a paciente tenha uma silhueta corporal mais bela.
No caso da remodelação costal o intuito é manipular o arcabouço costal para então deixar o contorno corporal com cintura visível.
Brinco com minhas pacientes magras e malhadas, que se submeteram a essa cirurgia, que elas vão economizar no Photoshop, pois não vão mais precisar afinar a cintura no aplicativo. Desde que, claro, contribuam com os cuidados no pós-operatório e use obrigatoriamente o corset, pelo tempo recomendado.
RFP – Quais são os benefícios estéticos e funcionais da remodelação costal para os pacientes?
DN – Os benefícios são inúmeros. Quando a paciente realiza um bom pós-operatório, com o uso contínuo e progressivo de corset, conseguimos diminuir 8-12cm de cintura. Já teve paciente que diminui 18cm, associando a abdominoplastia com lipoaspiração. Ou seja, uma alternativa às mulheres que querem ter “zero” gordura corporal,mas mesmo assim desejam curvas com uma cintura fina.
RFP – Quais técnicas são utilizadas na remodelação costal para garantir resultados naturais e seguros?
DN – Existem três técnicas: a primeira é quando se modela e utiliza a placa de titânio para manter a costela no local modelado. Neste caso, exige uma menor dependência de corset no pós-operatório.
Esse é o resultado mais imediato, porém existem o custo do valor das placas, a incisão maior para posicionar as placas e ter um corpo estranho no organismo.
A segunda técnica é a lipobelt ou b-waist, em que realizamos uma incisão de cerca de 1cm a 2cm, na região dorsal a fim de acesso aos arcos costais.
A terceira da remodelação costal é a ribXcar, em que realização uns pinções com agulhas um pouco mais espessas, mas que não deixam marcas e com uma ponteira especial de piezo conseguimos modelar as costelas.
RFP – Quais são os critérios para determinar se um paciente é uma candidata para a remodelação costal?
DN – Uma questão importante a ser investigada é a composição corporal da paciente. Em geral, pacientes muito brevelineas. ou seja, curtinhas, têm uma dificuldade mais em obter uma moderação mais ampla. Até pela dificuldade de uso de um corset adequado para moldar as costelas.
Também investigamos comorbidades que contra indiquem o procedimento. Verificamos também a composição corporal, se a paciente é uma candidata à cirurgia ou a um tratamento clínico, visando diminuir peso corporal ou diminuir percentual de gordura.

RFP – Poderia nos contar sobre o processo de recuperação após a cirurgia de remodelagem costal?
DN – processo de recuperação é semelhante a uma lipoaspiração. As pacientes normalmente não relatam dor devido a remodelação (muito devido ao tratamento realizado com o piezo, dispositivo ultrassônico para modelar a costela) . Uma parte importante e digna de nota é que, quando não se utiliza placas a paciente é quem ditaram seu resultado. Por exemplo, nós modelamos na hora da cirurgia, mas existe uma musculatura oblíquos e transverso que tendem a retornar as costelas modeladas ao ângulo anterior a modelagem, ou seja, um ângulo aberto que não privilegia a formação de cintura. Então o paciente tem que usar o corset e progressivamente apertando no intuito de melhorar a angulação e consequentemente ter uma cintura mais fina.
RFP – Existem riscos ou complicações associados à remodelagem costal que os pacientes devem estar cientes?
DN – toda intervenção cirúrgica está sujeita a riscos, desde os riscos com anestesia, até riscos como hematomas, seromas e complicações menores. Devido ao uso do piezo que “não perfura nada que não seja osso” é muito raro a incidência de pneumotórax (perfurar a cavidade que permite o funcionamento dos pulmões, neste caso com tratamento específico necessário). Existe na literatura a descrição de espiculas ósseas, ou seja: fraturas irregulares não proporcionadas de maneira regular pelo piezo que podem causar mais dores.
Existem pacientes com limiar de dor menor e que podem ter dificuldades de realizar inspiração profunda devido ao incômodo na região, mesmo tratadas com medicação analgésica apropriada, o que pode gerar problemas ventilatorios como atelectasia e afins. Mas, Graças a Deus e a Nosso Senhor Jesus Cristo nunca tive, em mais de 200 costelas modeladas, e apenas um caso de incômodo maior em paciente usuária continua de hormônio masculino, mas sem a necessidade de medicação específica para sanar.
RFP – Quais são as expectativas realistas que os pacientes devem ter em relação aos resultados dessa cirurgia?
DN – As expectativas são relativas a uma melhora expressiva e diretamente dependente do empenho delas no processo de modelação costal, podemos obter diminuições expressivas de silhueta com mais de 12cm só devido ao tratamento dessas costelas flutuantes, obviamente contando com o empenho das pacientes no pós operatório.
RFP – Como a remodelagem costal pode complementar outros procedimentos de contorno corporal?
DN – A remodelagem atual em arcabouço ósseo potencializando efeitos de uma lipoaspiração ou lipoabdominoplastia e conferindo um efeito visual incrível as curvas dos pacientes.
RFP – O que os pacientes devem considerar ao escolher um cirurgião para a remodelagem costal?
DN – É importante buscar um cirurgião plástico com treinamento adequado na técnica, primeiramente tem que ser cirurgião plástico reconhecido pelo CREMEC e chancelado pela SBCP, saber se o médico realizou o treinamento seja no Brasil (b-waist ou lipo-belt) ou fora do Brasil. No mais não omitir investigações que serão realizadas pelo seu cirurgião plástico para que se tenha as melhores condições de saúde possível.
RFP – Quais avanços tecnológicos e técnicas inovadoras têm contribuído para a popularidade crescente da remodelação costal?
DN – Sem dúvidas a tecnologia vem atuando como um diferencial no resultado e diminuição de comorbidades (diminui o sofrimento falando de maneira popular). Então o uso do piezo é um aparelho que diminui muito a agressividade do tratamento de modelação costal. Quando se falava em “remoção de costelas” descrita pelo colega Mexicano Verdugo até entre nós colegas nós sabíamos da agressividade da cirurgia, até do sofrimento da cirurgia.
Essa técnica revolucionária de não necessariamente retirar os arcos costais (que não trará problemas às pacientes com relação a sua respiração por exemplo pois são costelas flutuantes, que não tem comunicação com a mecânica ventilatoria) apenas melhora a angulação dessas costelas e conferindo a tão sonhada cintura fina “de pilão” e sem o sofrimento bem maior da retirada de costelas. É importante consultar um cirurgião plástico, verificar sua indicação clínica específica e realizar maiores dúvidas a cerca da técnica.
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